E estava o menino na praça
Com seu fazedor de bolhas gigantes
Como era difícil fazer uma bolha!
E quanto mais não tinha
Mais queria
E eis que ele forma a grande bolha
Brilhante
Gigante
Translúcida!
E o menino olha
E no seu olhar há o mesmo brilho que via na bolha
Um espelho da conquista
Do que não tinha e que agora teve
E sim!
E não!
E sem titubear
O menino fura a bolha
Estoura o que tinha tanto
Em algum momento tentado fazer
Desejava o que não tinha
E quando tinha não mais queria
E estarei eu falando da bolha?
Ou do formato do amor?
(Pamela Costa)