Sobre o formato do amor

E estava o menino na praça
Com seu fazedor de bolhas gigantes
Como era difícil fazer uma bolha!
E quanto mais não tinha
Mais queria

E eis que ele forma a grande bolha
Brilhante
Gigante
Translúcida!
E o menino olha 
E no seu olhar há o mesmo brilho que via na bolha
Um espelho da conquista
Do que não tinha e que agora teve

E sim!
E não!
E sem titubear 
O menino fura a bolha
Estoura o que tinha tanto
Em algum momento tentado fazer

Desejava o que não tinha
E quando tinha não mais queria

E estarei eu falando da bolha?
Ou do formato do amor?

(Pamela Costa)

Helbor Dual Patteo Mogilar. Avenida Prefeito Carlos Ferreira Lopes, n 703, Vila Mogilar. Sala 819
contato@pamelacostapsiquiatra.com.br
4799-8915
Pamela Costa - CRM 141471 © 2024
  • f
  • i